“Nada
como nos presentear com uma poesia...nos 108 anos do maravilhoso Mário Quintana...”
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Recordo
ainda…
Recordo ainda… e nada mais me
importa…
Aqueles dias de uma luz tão mansa
Que me deixavam, sempre, de lembrança,
Algum brinquedo novo à minha porta…
Aqueles dias de uma luz tão mansa
Que me deixavam, sempre, de lembrança,
Algum brinquedo novo à minha porta…
Mas
veio um vento de Desesperança
Soprando cinzas pela noite morta!
E eu pendurei na galharia torta
Todos os meus brinquedos de criança…
Soprando cinzas pela noite morta!
E eu pendurei na galharia torta
Todos os meus brinquedos de criança…
Estrada
afora após segui… Mas, ai,
Embora idade e senso eu aparente
Não vos iluda o velho que aqui vai:
Embora idade e senso eu aparente
Não vos iluda o velho que aqui vai:
Eu
quero os meus brinquedos novamente!
Sou um pobre menino… acreditai…
Que envelheceu, um dia, de repente!
Sou um pobre menino… acreditai…
Que envelheceu, um dia, de repente!